A expectativa de ânimo ficou, naturalmente, marcada por um sentimento de tristeza pela partida da colega e amiga, cujo exemplo fica como inspiração da entrega à causa da luta contra a doença oncológica. O momento foi, assim, de homenagem sentida e aplaudida à memória da Dr.ª Noémia Afonso.
A 11.ª edição do Congresso Nacional de Senologia ficará também para a história da SPS como o evento que marca o regresso após o hiato provocado pela pandemia, o que influenciou o mote deste ano: Ciência e Decisão.
A escolha deste lema prende-se, como explicou a Dr.ª Gabriela Sousa, com a vontade da SPS em “transmitir a todos aquele que é o pensamento da Sociedade nos tempos difíceis em que vivemos. De facto, atravessámos uma crise pandémica. Os nossos hospitais e as nossas estruturas não estão tão adaptadas quanto gostaríamos para aquilo que queremos exigir para nossos doentes”, tornando-se assim relevante trazer para o congresso da SPS “decisões baseadas na ciência, a única forma de nos unirmos e lutarmos pelos direitos dos nossos doentes”, reiterou, com a motivação para que a ciência “chegue efetivamente” aos doentes oncológicos.
Atendendo ao percurso do doente, o programa distingue-se pela abrangência, versando desde o rastreio até às fases mais avançadas da doença, e incluir algumas subpopulações de doentes, nomeadamente doentes geriátricas. A vice-presidente terminou lançando o repto aos congressistas: “Desfrutem da presença quer uns dos outros, quer dos nossos convidados e do que nos poderão ensinar, que sejam vivas as nossas discussões, para sairmos daqui mais fortes”.
Coube ao Dr. José Carlos Marques dar por aberto o Congresso Nacional de Senologia, realizado pela primeira vez em formato híbrido, com 460 inscritos e outros 260 nos cursos pré-congressos. Os presentes na sala guardaram depois silêncio para assistir ao vídeo memorial.
Esta e as restantes sessões do Congresso podem voltar a ser visionadas on demand no site do congresso.