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“É imperativo ter métodos com respostas mais fidedignas para uma exclusão real do cancro”

“É imperativo ter métodos com respostas mais fidedignas para uma exclusão real do cancro”

“Contrast-enhanced Mammography versus Contrast-enhanced Breast MRI: A Systematic Review and Meta-Analysis” foi o título do estudo apresentado pela Dr.ª Filipa Vilas Boas, da CUF Viseu, no Best of SPS 2022. Em entrevista à My Oncologia, perspetiva o papel da “importante e decisivo” da Medicina Personalizada na abordagem ao cancro da mama. Veja o vídeo.

Os estudos dinâmicos à mama na área da mamografia e da ressonância tem um grande impacto no diagnóstico, começa por afirmar a médica, destacando o papel da ressonância magnética: “É, sem dúvida, um método de eleição, não só pela avaliação cinética, mas também pela avaliação morfológica”. No entanto, apresenta algumas limitações mais relacionadas com o nível de disponibilidade e custos.

Como alternativas, há outras técnicas disponíveis, como a mamografia de contraste, “que nos parece promissora, apesar de não substituir a RM, pode ajudar a dar resposta a casos difíceis, nomeadamente situações de mamas densas categorizadas como ACR”. Portanto, “melhoram a atividade diagnóstica, sobretudo das mulheres jovens”, acrescenta.

Atualmente, “a mamografia é o principal meio de rastreio, mas tendemos evolutivamente para uma Medicina Personalizada”, destaca a especialista, explicando que “as mulheres têm diferentes mamas, com densidades também distintas, por isso a equidade diagnóstica da mamografia é variável”. Em mamas extremamente densas, 8-10 %, a equidade da mamografia diminui 30 a 40 %, uma redução significativa, afirma. “É imperativo ter métodos com respostas mais fidedignas, que nos permitam excluir verdadeiramente se há ou não cancro”, aponta a médica, salientando para a importância da avaliação e do acompanhamento direcionado para um tratamento direto.